O Capim Massai é uma nova opção forrageira morfologicamente muito distinta das demais cultivares da espécie existentes no mercado. Ela encontra-se entre os 16% dos acessos da coleção classificados como sendo de porte baixo; 19% como de folhas finas; 8% com folhas eretas dobrando nas pontas; 18% com pilosidade nas espiguetas e 4% de híbridos naturais entre as espécies P. infestum e P. maximum.
O Massai apresenta alta produção de matéria seca por causa da capacidade 30% maior de produzir folhas em relação aos colmos, e 80% maior de rebrota após cortes.
A cv. Massai destacou-se em todos os locais avaliados na rede nacional e potencial de adaptação a distintos climas e solos, apresentando ótimo desempenho. Produziu bem desde latitudes 3° até 23°S, altitudes de 100 a 1.000 m acima do nível do mar, com precipitações anuais de 1.000 a 1.865 mm, e solos de pH de 4,9 até 6,8.
O Massai, a exemplo de outras cultivares da espécie P. maximum, requer níveis médios a altos de fertilidade do solo na implantação, mas é a menos exigente em adubação de manutenção e persiste maior tempo em baixa fertilidade com boa produção sob pastejo. É entre as cultivares de P. maximum, a mais tolerante ao alumínio do solo. Embora a cv. Massai se adapte e persista em uma ampla faixa de textura de solos comparativamente às demais cultivares, seu desempenho e persistência também são melhores em solos de textura média e argilosa.
Como o Capim Massai apresenta grande velocidade de rebrota, uma sugestão de manejo para melhorar a qualidade da dieta do animal seria diminuir o período de descanso (21 a 28 dias), uma vez que a qualidade das forrageiras tropicais decresce à medida que se aumenta o período de descanso.
A cultivar Massai foi, também, testada para a alimentação de cavalos e para isso, durante o período das águas utilizou-se 1 ha sob pastejo, por seis cavalos, com peso vivo médio de 250 kg (3,33 UA/ha). Esses animais foram mantidos exclusivamente nessa pastagem e receberam apenas suplementação mineral própria para eqüinos. Houve boa aceitação desse capim pelos animais que apresentaram ganho de peso médio de 300 gramas/dia.
O desempenho satisfatório apresentado pelo Capim Massai, associado a outras importantes características de adaptação que ela possui como persistência em níveis baixos de Fósforo e resistência às cigarrinha-das-pastagens, entre outras, faz dela uma forrageira promissora para a diversificação e viabilização da sustentabilidade de sistemas de produção de bovinos de corte.