O Capim Tanzânia é uma gramínea com plantas de até 1,3 m de altura; as folhas e bainhas não apresentam pilosidade nem cerosidade, os colmos são suavemente arroxeados e as inflorescências são panículas com espiguetas arroxeadas, sem pilosidade e semelhantes às do capim-colonião comum. A Tanzânia requer solos de média a alta fertilidade, mostrando-se exigente quanto ao fósforo, nitrogênio e potássio. No entanto, é capaz de obter, em torno de 37% do nitrogênio necessário ao seu crescimento, via fixação biológica. |
Devido ao porte médio e menor fibrosidade dos colmos, a Tanzânia não apresenta muita rejeição de consumo como ocorre com as touceiras de outros panicuns, após o florescimento. É bem aceito por bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos. Consorcia-se bem com leguminosas.
O Capim Tanzânia possui maior resistência às cigarrinha-das-pastagens, em relação aos outros coloniões.
O pastejo da Tanzânia deve ser iniciado quando as plantas atingirem entre 0,8 e 1,2 m de altura, as quais devem ser rebaixadas até cerca de 30 cm acima do solo. Sempre que possível utilizar pastejo rotativo, de modo a aperfeiçoar o desempenho animal. Como apresenta moderada resistência à seca, recomenda-se seu diferimento (veda) no final do período chuvoso (meados de março a abril), visando o acúmulo de forragem de boa qualidade para utilização durante o período de estiagem.
A Tanzânia é uma planta exigente em fósforo (P) e potássio (K), principalmente, na fase de implantação. Por ser planta exigente em fertilidade, recomenda-se o monitoramento da fertilidade através de análise de solo, principalmente a aplicação de nitrogênio em cobertura para manutenção da produtividade forrageira.
Os melhores resultados da Tanzânia são obtidos em pastejo rotacionado, com 1 a 5 dias de pastejo e 25 a 30 dias de descanso, durante o período chuvoso e 45 a 50 dias no inverno. Em diversos experimentos com a Tanzânia, a taxa de lotação ultrapassou a 4,0 U.A./ha. Pode ser utilizada por bovinos, em fase de engorda e cria e consumida por eqüinos e ovinos.