A Brachiaria BRS Piatã foi desenvolvida a partir da coleção de forrageiras da Embrapa e foi avaliada por 16 anos, a partir de material coletado na década de 1980, na Etiópia. O nome Piatã significa fortaleza, valentia, coragem e foi escolhido como forma de homenagear o povo indígena tupi-guarani.
O Capim Piatã é uma planta apropriada para solos de média fertilidade, tolera solos mal drenados, produz forragem de boa qualidade e acumulação de folhas, possui colmos finos o que resulta em um melhor aproveitamento pelo animal e menores perdas de forragem e maior aptidão para o pastejo diferido.
Destaca-se pelo elevado valor nutritivo e alta taxa de crescimento e rebrota. Os testes mostraram que em parcela sob corte a BRS Piatã produziu em média 9,5 toneladas por hectare de matéria seca com 57% de folhas, sendo 30% da produção obtida na época seca. E o teor médio de proteína bruta nas folhas foi de 11,3%.
A Brachiaria BRS Piatã é uma planta de crescimento ereto e cespitoso (forma touceiras) de porte médio e com altura entre 85 cm e 1,10m, respondendo muito bem a adubação fosfatada que outros cultivares de braquiaria.
Apresenta resistência às cigarrinhas típicas de pastagens, Notozulia entreriana e Deois flavopicta por determinar menor sobrevivência ninfal. O mesmo não foi constatado quanto à cigarrinha - da - cana, Mahanarva fimbriolata, limitando sua utilização em áreas com histórico de problemas com cigarrinhas do gênero Mahanarva. O capim Piatã apresenta florescimento precoce e concentrado nos meses de janeiro – fevereiro.
O Capim Piatã pode ser cultivado na Amazônia Legal (Norte do Mato Grosso, Tocantins, Rondônia, Acre e Sul do Pará), e em regiões com estação seca de até cinco meses nos Estados das regiões Centro Oeste e Sudeste, além das áreas da Mata Atlântica e de cerrado da Bahia.