A Aruana é uma gramínea de porte médio (0,8 a 1,0 m de altura), apresenta grande número de colmos finos, folhas verde-escuras, pequenas, com densa pilosidade na lâmina foliar, bainha e nós. Seus colmos são eretos, mas tornam-se decumbentes e, quando em contato com o solo emitem raízes nos nós, apresentando como característica a emissão de estolões.
Devido ao seu porte baixo e suas características, a Aruana está sendo utilizada com sucesso em pastejo com ovinos e eqüinos.
O manejo da Aruana deve ser cuidadoso, pois por características, emitem inflorescência durante todo o período de verão, ou seja, expõem freqüentemente seus meristemas apicais aos animais. Geralmente, devem-se colocar os animais quando esta atinge até 0,80 m e retirá-los quando o resíduo estiver a cerca de 0,30 m de altura. O intervalo de corte dever ser de 35 dias, onde se encontra melhor valor nutritivo. O teor de Proteína Bruta (12 a 13%) e digestibilidade in vitro de matéria seca são de até 65%.
Boa capacidade de ocupação da área de pasto, não deixando áreas de solo descoberto, evitando o praguejamento e auxiliando no controle da erosão.
A Aruana tem boa produção de sementes, garantindo o restabelecimento rápido da pastagem em caso de necessidade de recuperação (após eventuais "acidentes" como: queima, geadas, pragas ou degradação por falha de manejo).
Boa tolerância ao pastejo baixo (rente ao solo) promovido pelo ovino, o que possibilita a adoção dessa técnica de manejo como parte da estratégia no controle de helmintos parasitas (favorecendo a exposição de larvas às intempéries climáticas (radiação solar e vento).
Sua arquitetura foliar ereta e aberta, típica das forragens cespitosas (em touceiras), propicia uma maior incidência de radiação solar e maior ventilação dentro do perfil da pastagem. Isso força a migração das larvas para a base do capim logo às primeiras horas da manhã, após a secagem do orvalho, favorecendo o controle da verminose.
Dessa maneira o capim Aruana mostra-se como uma excelente alternativa, senão a ideal, para pastejo com ovinos, desde que em condições adequadas de manejo, solo e clima, podendo a sua utilização, contribuir significativamente para que a ovinocultura firme-se cada vez mais como alternativa de viabilização sócio-econômica para a pequena e média propriedade rural.